Entre os avanços da engenharia celular e biotecnologia nas últimas décadas, destaca-se a produção de anticorpos monoclonais murinos (AcMm) utilizados no aprimoramento diagnóstico nas rotinas laboratoriais. A produção de fator
IntroduçãoA hemofilia é uma doença causada pela deficiência do Fator VIII, uma glicoproteína que participa na via intrínse-ca da coagulação sangüínea e tem como etiologia a herança genética, ligada ao cromossomo X, ocorrendo exclusivamente em homens. A severidade da doença está diretamente relacionada com a extensão da deficiência de FVIII, que é classificada em hemofilia severa, moderada e branda. O tratamento consiste na reposição do Fator VIII através de transfusões sangüíneas.Em 1959, Pool & Robinson, 1 utilizando o método de Cohn 2 na produção de sedimento insolúvel (crioprecipitado) através de processos de congelamento e descongelamento lento, purificaram as proteínas plasmáticas com atividade anti-hemofílica. O crioprecipitado foi utilizado na terapia da hemofilia até a início da década de 80, quando surgiu o dramático problema da contaminação pelo vírus do HIV, detectado no sangue de hemofílicos que receberam crioprecipitado plasmático. A partir daí iniciaram-se inúmeras pesquisas com o objetivo de introduzir novos produtos na terapêutica da hemofilia. [3][4][5][6][7][8][9][10][11][12]