INTRODUÇÃO: A ventilação mecânica invasiva (VMI) é um procedimento de fundamental importância em unidades de Terapia Intensiva, com maior destaque nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). A ventilação mecânica (VM) é um procedimento necessário para a sobrevivência, mas não é isento de riscos, causando lesões ao pulmão doente ou imaturo. A forma de executar o processo de desmame é um dos momentos cruciais no uso da ventilação pulmonar mecânica que pode influenciar diretamente no seu sucesso ou insucesso. OBJETIVO: avaliar a efetividade da implantação de um protocolo de extubação programada (checklist), na diminuição do tempo de ventilação mecânica em recém-nascidos (RN) da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital escola privado do Distrito Federal (DF). METODOLOGIA: Análise quantitativa, descritiva e retrospectiva de prontuário, com levantamento de dados dos RN internados na UTIN de um hospital privado do DF no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, durante o qual foram submetidos à VM e ao procedimento de extubação. RESULTADOS: O número de pacientes internados na UTIN no período do estudo (entre 2013 e 2017) foi 1569. O número de RN internados na UTIN logo após o nascimento e que necessitaram de VM foi 370. A amostra após seleção dos pacientes de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foi N=124 RN. O número de pacientes internados por ano de nascimento foi 2013: 22 (17,7%) pacientes, 2014: 24 (19,3%), 2015: 21(16,9%), 2016: 25 (20,1%) e 2017: 32 (25,8%). Foi observado uma taxa de falha de extubação de 42,86 % antes da implantação do protocolo, contra 35,71 % após sua consolidação. CONCLUSÃO: O processo de retirada da VM, na grande maioria dos serviços de terapia intensiva neonatal, ainda está sujeito a condutas pouco embasadas cientificamente. Sob o ponto de vista profissional, criar mecanismos facilitadores na UTI pode abreviar o tempo de VM; visto que os profissionais devem se sentir mais seguros ao identificar o paciente capaz de se submeter ao teste de respiração espontânea (TRE) diminuindo, assim, o grau de insucesso das extubações, garantindo melhor evolução do paciente