O objetivo do trabalho foi correlacionar as características ecográficas dos nódulos tireóideos aos achados citológicos, para determinar a importância da ultra-sonografia na doença nodular da tireóide. Foram realizadas punções aspirativas por agulha fina orientadas por ultra-som, após avaliação e classificação ecográfica de 436 nódulos. Obteve-se celularidade adequada para análise em 401 nódulos (92%), procedendo-se à correlação ecográfico/citológica. A classificação utilizada permitiu distribuir as características ecográficas de acordo com o risco de malignidade, identificando nódulos Grau III císticos com foco sólido (citologia positiva em 23,8%) e sólidos hipoecóicos (40%) como suspeitos e os Grau IV (95,2%) como altamente suspeitos. Os nódulos Grau II sólidos iso e hiperecóicos (5%) e mistos (1,9%), em acordo com a literatura, foram considerados provavelmente benignos. O ultra-som forneceu auxílio importante à avaliação clínica e determinação da conduta a ser tomada, devendo fazer parte dos protocolos para avaliação inicial e acompanhamento da doença nodular da tireóide.