Os eventos adversos relacionados a medicamentos podem resultar em repercussões socioconômicas e agravos significativos aos pacientes. Sendo assim, o estudo teve como objetivo a avaliação das notificações de erros de medicação feitas ao Núcleo de Segurança do Paciente de um hospital de urgência e emergência no interior da Bahia. Estudo transversal, descritivo-analítico, realizado em um hospital público de urgência e emergência. Os dados foram coletados a partir das notificações de eventos adversos feitas durante três meses de coleta. O tipo e a classificação do erro foram as variáveis consideradas. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para avaliação da normalidade das variáveis contínuas, considerando p>0,05 distribuição normal e para comparar as proporções das variáveis categóricas foi utilizado o teste Quiquadrado de Pearson e exato de Fisher. Identificou-se 151 notificações de erros de medicação, classificados por tipo: prescrição (51,7%), administração (45,7%) e dispensação (2,6%). Estes receberam 12 classificações, sendo as mais frequentes: dose incorreta (42,4%), omissão do medicamento (26,5%) e horário de administração (7,9%). A maior ocorrência de notificação de erros foi na Unidade de Terapia Intensiva (46,4%). As classes medicamentas mais envolvidas com os erros foram as do trato alimentar e metabolismo, sistema cardiovascular e anti-infecciosos de uso sistêmico. Dentre os profissionais notificadores os farmacêuticos foram os que mais realizaram notificações. Diante das notificações identificadas e considerando que erros de medicação são eventos evitáveis, sugere-se que esforços sejam dedicados na busca de mais informações para uma melhor avaliação e conhecimento das consequências e possíveis danos relacionados aos erros de medicação.