Diante da polêmica trazida sobre a ciência, nos últimos tempos, especialmente
no contexto pós-pandemia, a persistência na continuação de estudos nas áreas de
ciências humanas e sociais aplicadas mostra-se como ato heroico. A curiosidade
humana, assim em tempos de crise, provoca mudanças culturais, exige a
emergência de outras práticas sociais, transforma-se, oportunizando releituras e
reinvenções. Os problemas devem ser resolvidos, a partir do contexto de incertezas,
o que não é ruim, pois permite criações, reflexões e críticas.
Os estudos apresentados na presente publicação resultam de posturas
resilientes, na análise de discursos e na constituição dos indivíduos pela linguagem,
seja em situações concretas, reais, seja em situações artísticas. Salientam-se os
olhares criteriosos e prudentes sobre o contexto digital.
Tratam-se de contribuições significativas, com foco nas multimodalidades de
circulação de discursos, tão necessárias para os debates atuais e, mais ainda, para
as aprendizagens. Alinham-se com a postura dos jovens pesquisadores, orientados
por pesquisadores maduros, ambos oriundos de instituições de ensino superior
preocupadas com a articulação do ensino com a pesquisa.
Destaque se faz ainda às motivações trazidas, aos pesquisadores, em forma
de bolsas de iniciação científica e iniciação pedagógica, com fomentos interno do
Uni-FACEF e externos do CNPq e da CAPES. Seguramente, são recursos que
incentivam os jovens universitários.
Há também uma coerência na temática trazida na publicação no sentido de
investigar o indivíduo, por meio da interdisciplinaridade. Além dos estudos
linguísticos, históricos, educacionais e de psicologia, cada qual com seu objetometodologia-essência, observa-se um delineamento na discussão sobre indivíduos e
correlações com a sociedade, de forma a historicizar um tempo eum espaço.
A coletânea de textos chega às mãos dos leitores carregada de entusiasmo e
de coragem, vislumbrando, acima de tudo, um encontro.