Dados de 5,6 milhões de alunos de escolas públicas que pontuaram em todas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), de 2012 a 2018, foram analisados. O desempenho dos alunos foi agrupado por escola e por zona, correlacionado com variáveis socioeconômicas e escolares, e representado em diferentes unidades administrativas (município, micro e mesorregiões, estados e regiões). O problema das unidades de áreas modificáveis e as falácias também foram avaliados na comparação entre os diferentes níveis de agregação. Constatou-se que a pontuação média dos concluintes melhorou no período, mas o número total de alunos com elevada proficiência não aumentou da mesma forma. Dentre as variáveis analisadas, a renda familiar per capita apresentou maior correlação com o desempenho neste teste educacional. Embora a quantidade de dados analisados seja expressiva e seus resultados tenham permitido identificar as áreas de melhor desempenho, considerou-se que o baixo percentual de participação no exame pode comprometer o potencial de utilização deste teste educacional para avaliar a qualidade educacional das escolas públicas brasileiras. De modo geral, as menores proficiências do Brasil ocorreram nos municípios e microrregiões do Norte e do Nordeste do Brasil. Nestes agrupamentos territoriais, a renda per capita média é frequentemente menor. Apesar dos valores de correlação terem aumentado nos zoneamentos de maior agregação, a percepção desta associação entre as variáveis diminuiu nas representações cartográficas.