OBJETIVOS: Calcular a taxa de casos diagnosticados com tuberculose por unidades prisionais do Espírito Santo, apresentar as características individuais, clínicas e institucionais dos casos na população privada de liberdade (PPL) do ES e analisar a associação entre essas características e o encerramento do tratamento da tuberculose nessa população. MÉTODOS: A população de estudo foram os casos de tuberculose na PPL do ES de 2014 a 2016. Realizou-se o cálculo de taxa, a análise descritiva e a regressão logística hierarquizada considerando os níveis individual, clínico e institucional. RESULTADOS: A taxa de casos diagnosticados por unidade prisional no estado variou de 0 a 17,3 casos por 1.000 presos. Do total de casos notificados, 218 (72,6%) se curaram, 21 (7,0%) abandonaram o tratamento, 1 (0,3%) morreu por tuberculose, 2 (0,7%) morreram por outras causas, 56 (18,7%) transferiram o local de tratamento e 2 (0,7%) desenvolveram tuberculose drogarresistente. A análise ajustada mostrou que o tratamento supervisionado é um fator protetor para o insucesso (RC = 0,29; IC95% 0,01–0,76). CONCLUSÕES: O estudo apontou a importância do conhecimento do desfecho do tratamento da TB na PPL visando à implementação de ações para a redução do insucesso, bem como a contribuição do tratamento supervisionado nesse processo.
DESCRITORES: Prisioneiros. Tuberculose, epidemiologia. Tuberculose Resistente a Múltiplos Medicamentos, epidemiologia.