Objetivo: analisar as práticas individuais e coletivas que estão associadas as dificuldades dos enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde da região Norte. Métodos: observacional de prevalência e analítico. Foram incluídos enfermeiros da atenção básica. A coleta ocorreu entre novembro de 2019 a agosto de 2021, nos sete estados do Norte, através de um formulário eletrônico, analisados pelos testes binomial, quiquadrado e G no programa Bioestat. Resultados: Entre os 626 enfermeiros do estudo, 15,7% (98/626) afirmaram ter dificuldade no exercício de suas práticas, quanto à autonomia das suas responsabilidades normativas legais. O Amapá teve menor proporção (8,3%; 9/108) de enfermeiros com dificuldade em relação a região. As práticas associadas a dificuldade foram: a não participação do enfermeiro no gerenciamento dos insumos (p=0,03), realizar consulta eventualmente (p=0,03) e nunca prescrever medicamentos (p=0,02); resolutividade insuficiente na consulta pré-natal (p=0,000), acompanhamento de crescimento e desenvolvimento infantil (p=0,001); planejamento familiar (p=0,000); hanseníase (p=0,005); tuberculose (p=0,031); hipertensão arterial (p<0,0001); diabetes (p<0,0001). Conclusão: As dificuldades quanto à autonomia das responsabilidades normativas legais estão associadas a práticas individuais e coletivas que são privativas do enfermeiro e estão regulamentadas nos programas de saúde pública.