O milho (Zea mays L.) tem grande importância econômica, sendo usado principalmente como alimento humano, animal e matéria prima para a indústria. Nos sistemas de cultivo, muitos fatores ambientais prejudicam sua produtividade, sendo a luz um dos mais importantes para o crescimento e desenvolvimento das plantas. A suplementação com luz artificial fornece um fluxo de luz constante, que aumenta a qualidade e o rendimento de plantas, principalmente em cultivo protegido, em com reduzido ou sem acesso a luz natural. Em campo, essa tecnologia é recente e implementada em pivô central de irrigação. Nosso objetivo foi avaliar a influência da suplementação de luz artificial com LEDs, simulando a tecnologia em pivô central de irrigação, no desenvolvimento de plantas de milho na safra (verão) e na safrinha (verão/outono). Os experimentos foram realizados na Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada em Viçosa – MG. Foram realizados dois ciclos de avaliação: na safra (2021/2022) (sem luz suplementar, 20 segundos de luz suplementar por noite, 40 segundos de luz suplementar por noite, 80 segundos de luz suplementar por noite, 160 segundos de luz suplementar por noite e com luz suplementar a noite toda) e na safrinha (2022) (sem luz suplementar, 20 segundos de luz suplementar por noite, 40 segundos de luz suplementar por noite, 80 segundos de luz suplementar por noite, 160 segundos de luz suplementar por noite e 4 horas de luz suplementar por noite). Em ambos os ciclos de avaliação, foram realizadas análises morfológicas do milho (nos estádios vegetativos e reprodutivos) e análises dos componentes de produção e produtividade.Na safrinha acrescentaram as análises fisiológicas (nos estádios vegetativosreprodutivos). e A luz suplementar afetou o crescimento e desenvolvimento da cultura do milho. Na safra, o tratamento com luz suplementar a noite toda resultou em maior altura e comprimento de entrenós e menor matéria fresca e seca da parte reprodutiva. Ocorreu atraso do pendoamento nos tratamentos com 160 segundos e com luz suplementar a noite toda (safra) e 160 segundos de luz e 4 horas de luz por noite (safrinha). Na safra, não houve o florescimento feminino (emissão da espigueta) com luz suplementar a noite toda e na safrinha houve um atraso do florescimento no tratamento com 4 horas de luz suplementar por noite. Tais tratamentos afetaram negativamente os componentes de produção, reduzindo produtividade de grãos e número de espigas de milho verde, respectivamente. A variação nos tempos de suplementação luminosa pouco influenciou o desempenho fotossintético da cultura do milho. E, dentre os tempos de simulação do pivô, plantas cultivadas com 20 segundos de suplementação luminosa apresentaram estímulo favorável para a produção de milho, com tendência mais acentuada na morfologia das plantas. O tempo de suplementação luminosa acima de 160 segundos promove alterações nas características morfofisiológicas e nos componentes de produção do milho. A disposição das lâmpadas no pivô pode promover diferentes resultados na cultura, sendo que aquelas fixadas nas torres mais próximas da base, tendem a ser mais prejudiciais para a cultura do milho. Palavras-chave: Crescimento. Fenologia. LEDs. Produtividade. Zea mays L.