Tomando como ponto de partida o estudo desenvolvido por Mark Leone sobre o jardim de William Paca, este artigo apresenta algumas considerações acerca da criação de narrativas sobre trajetórias de vida na Arqueologia, também conhecidas como biografias arqueológicas. Inicialmente, apresento algumas discussões de ordem metodológica e interpretativa, úteis para a construção de biografias. Em seguida, passo a dois exemplos tirados de pesquisas por mim desenvolvidas acerca da escravidão no Brasil Central: o caso de Joaquim Alves de Oliveira, proprietário do Engenho de São Joaquim, e o de Francisco Xavier Leite de Távora, proprietário do Engenho de Santo Izidro. Espero, com isso, contribuir com alguns elementos para os interessados em examinar trajetórias de vida na perspectiva da Arqueologia histórica.