Objetivo: Determinar o perfil de suscetibilidade antimicrobiana de uropatógenos em gestantes atendidas em um laboratório localizado na região oeste da Bahia. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal e descritivo, realizado com 1.317 gestantes submetidas a urocultura e antibiograma no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2023. Foram coletados dados abrangendo variáveis sociodemográficas, variáveis assistenciais, caracterização clínico-patológica. Foram incluídas todas as amostras que com crescimento bacteriano ≥10⁵ UFC/mL. Resultados positivos para crescimento fúngico foram excluídos. Frequências das variáveis foram determinadas, e o teste do Qui-quadrado foi aplicado para avaliar as associações. Resultados: Aproximadamente 70,8% apresentaram crescimento bacteriano. Dessas, 60,8% pertenciam à faixa etária de 21 a 30 anos, 93,5% relataram infecção antes da gestação, 57,2% haviam realizado tratamento recente para infecção do trato urinário, 29,8% apresentavam recorrência de infecção durante a gestação e 34,9% possuíam comorbidades. Além disso, 54,1% foram diagnosticadas ainda no 1º trimestre, sendo 84,3% assintomáticas. A E. coli (45,9%), Klebsiella sp. (11,4%) e E. faecalis (9,1%) foram os principais agentes etiológicos identificados. Conclusão: A alta incidência dessas condições destaca a importância do monitoramento, com ênfase na identificação precoce, principalmente no 1º trimestre, ressaltando a relevância da vigilância mesmo em casos assintomáticos.