Introdução: O Clostridium difficile é um bacilo gram-positivo, comensal, formador de esporos e toxinas; e importante agente causador de diarreias nosocomiais. Trata-se de um patógeno de relevância clínica por relacionar-se ao uso de antibióticos que predispõem à disbiose e formação da colite pseudomembranosa. Objetivo: Associar a infecção por C. difficile com a terapia de Transplante de Microbiota Fecal (TMF). Metodologia: Revisão Bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Google Acadêmico e Scielo, com artigos entre os anos de 2014 a 2021 nos idiomas português e inglês; utilizando os descritores "Infecção e doença diarreica", "Clostridium difficile", "Colite pseudomembranosa", "Transplante fecal ou Fecal Transplant". Resultados: A cepa produtora de toxina binária gene NAP1/BI/027 produz 16 vezes a mais toxina A e 23 vezes a toxina B; os antibióticos metronidazol, vancomicina e fidaxomicina são as opções tradicionais para o tratamento da infecção por C. difficile e da colite pseudomembranosa; o Transplante de Microbiota Fecal (TMF) é indicado em casos recorrentes, sem melhora clínica com tratamento inicial ou agravamento dos sintomas em curto período; a seleção do doador de amostras de fezes requer uma pesquisa criteriosa para patologias virais, bacterianas e parasitárias; os métodos de administração do TMF como enemas, colonoscopias, infusões nasoentéricas ou cápsulas dependem da região acometida e do conforto do paciente. Conclusão: O TMF apresentou-se como uma escolha terapêutica favorável para casos de recidiva de infecção por C. difficile, onde as terapias convencionais não alcançaram a cura.