Infection by Brazilian and Dutch swine hepatitis E virus strains induces haematological changes in Macaca fascicularis

Abstract

BackgroundHepatitis E virus (HEV) has been described as an emerging pathogen in Brazil and seems to be widely disseminated among swine herds. An autochthonous human case of acute hepatitis E was recently reported. To obtain a better understanding of the phenotypic profiles of both human and swine HEV strains, a experimental study was conducted using the animal model, Macaca fascicularis.MethodsSix cynomolgus monkeys (Macaca fascicularis) were inoculated intravenously with swine HEV genotype 3 that was isolated from naturally and experimentally infected pigs in Brazil and the Netherlands. Two other monkeys were inoculated with HEV genotype 3 that was recovered from Brazilian and Argentinean patients with locally acquired acute and fulminant hepatitis E. The haematological, biochemical, and virological parameters of all animals were monitored for 67 days.ResultsSubclinical hepatitis was observed in all monkeys after inoculation with HEV genotype 3 that was recovered from the infected swine and human patients. HEV RNA was detected in the serum and/or faeces of 6 out of the 8 cynomolgus monkeys between 5 and 53 days after inoculation. The mild inflammation of liver tissues and elevations of discrete liver enzymes were observed. Seroconversions to anti-HEV IgM and/or IgG were detected in 7 animals. Reactivities to anti-HEV IgA were also detected in the salivary samples of 3 animals. Interestingly, all of the infected monkeys showed severe lymphopenia and a trend toward monocytosis, which coincided with elevations in alanine aminotransferase and antibody titres.ConclusionsThe ability of HEV to cross the species barrier was confirmed for both the swine (Brazilian and Dutch) and human (Argentinean) strains, thus reinforcing the zoonotic risk of hepatitis E in South America. Cynomolgus monkeys that were infected with HEV genotype 3 developed subclinical hepatitis that was associated with haematological changes. Haematological approaches should be considered in future studies of HEV infection.

<b>Detecção e quantificação do vírus da hepatite E (HEV) por RT-PCR em tempo real e estudo experimental em primatas neotropicais (<i>Aotus azarai infulatus</i>) infectados pelo genótipo 3 do HEV</b>

“…Na quarta semana de estudo alguns animais exibiram alterações ultrassonográficas e lesão histopatológica de hepatite aguda, que também foi diagnosticada na décima segunda semana. Em comparação a outros estudos experimentais com PNH, o delineamento proposto foi o mais longo em acompanhamento e desenvolvido de modo em que os parâmetros clínicos, laboratoriais, moleculares, ultrassonográficos e histopatológicos fossem avaliados em conjunto (TSAREV et al, 1992;1993a;1993b;TICEHURST et al, 1992;MENG et al, 1998b;AGGARWAL et al, 2001;CARVALHO et al, 2013).…”

“…A detecção e quantificação do HEV-RNA nas amostras de soro e fezes dos macacosda-noite mostrou que a carga viral nas fezes foi maior e por mais tempo do que a detectada no soro, de forma similar ao demonstrado em macacos cynomolgus experimentalmente infectados por HEV humanos dos genótipos 1 e 3, que também apresentaram cargas virais e períodos maiores de detecção nas fezes (TSAREV et al, 1992;1994a;CARVALHO et al, 2013). Este resultado pode estar relacionado ao curso biológico de infecção do HEV, pois uma vez que o agente apresenta sítio de replicação principal em hepatócitos e curto período de viremia, a principal forma de eliminação se dá por via fecal, o que faz com que partículas virais sejam secretadas do fígado por via biliar e resulte em períodos mais prolongados de excreção e maiores cargas virais nas fezes (LONGER et al, 1993;TSAREV et al, 1993b;KAWAI et al, 1999).…”

“…;KRAWCZYNSKI et al, 2011;YUGO et al, 2014), outros estudos experimentais indicaram que não há diferença de cargas virais detectadas em animais detectados por via intravenosa ou oral, exceto que no curso de infecção por via intravenosa o período de detecção de viremia e excreção fecal são menores (BOUWKNEGT et al, 2009;CARVALHO et al, 2013;YUGO et al, 2014).…”

“…Este perfil foi previamente observado em chimpanzés inoculados com suspensões fecais dos genótipos 1 (MCCAUSTLAND et al, 2000) e 3 suíno (MENG et al, 1998b) e em macacos cynomolgus infectados por pool de soro e fezes humana do genótipo 3 (CARVALHO et al, 2013). Os chimpanzés e o cynomolgus não apresentaram sinais clínicos ou aumento significantes nos níveis de transaminases, assim como o animal AH-06/10 que, exceto por dois eventos de diarreia observados nas semanas 1 e 2, não apresentou outras alterações clínicas ou distúrbios bioquímicos séricos.…”

“…Estes perfis de detecção do HEV-RNA somente no soro ou fezes pode ter relação com a dose do inóculo (TSAREV et al, 1992;1994a;MENG et al, 1998b;MCCAUSTLAND et al, 2000), tempo de armazenamento da amostra e/ou redução da infectividade do inóculo (CARVALHO et al, 2013;MCCAUSTLAND et al, 2000).…”