IntroduçãoA infecção genital por papilomavírus humano (HPV) é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais freqüentes, acometendo cerca de 30% da população sexualmente ativa [1][2][3][4][5] . Num contexto de alta prevalência, infectividade e diagnósticos na forma de lesões subclínicas e assintomáticas, fica evidente que a disseminação do HPV tende a ser universal entre os sexualmente ativos, sendo o homem um importante meio propagador deste vírus entre as mulheres [6][7][8][9] . É comum que os médicos que atendem mulheres com lesões genitais por HPV, devido ao seu potencial oncogênico, por não ter tratamento específico e por tratar-se de DST, sintam a necessidade de avaliar o parceiro sexual para pesquisar a presença de lesões semelhantes e diminuir o risco de recidivas 5,7,8,[10][11][12][13] . Esta avaliação é realizada por meio da peniscopia, que começou a ser desenvolvida por Levine et al. 10 . É exame pouco específico e o diagnóstico final é confirmado pela avaliação histopatológica em tecidos de biópsia em cerca de 30 a 65% dos parceiros 1,7,[13][14][15] . Por outro lado, outros autores afirmam que, após a mulher já ter tido o contágio, o surgimento de uma lesão e sua