A Cardiomiopatia Dilatada (CMD) é uma doença cardíaca caracterizada pela dilatação do coração e diminuição da função contrátil, que pode levar a insuficiência cardíaca e morte súbita. A fisiopatologia da CMD envolve um processo de remodelação ventricular que leva à dilatação e enfraquecimento do músculo cardíaco. Múltiplos fatores, como estresse oxidativo, inflamação, disfunção mitocondrial e alterações no citoesqueleto celular, contribuem para essa remodelação ventricular. Quanto à epidemiologia, trata-se de uma doença rara, que afeta principalmente homens na terceira e quarta década de vida. Em crianças, a maior incidência ocorre em menores de 12 meses, com uma prevalência de 0,57 a cada 100.000 crianças e é mais comum em meninos. A prevalência da doença varia em diferentes países e populações, havendo uma predisposição genética para o desenvolvimento da CMD. O diagnóstico da CMD envolve avaliação clínica, exames laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca. Já a abordagem terapêutica tem como objetivo controlar os sintomas, melhorar a função cardíaca e reduzir o risco de morte súbita. O manejo terapêutico inclui o uso de medicamentos como inibidores da enzima conversora de angiotensina, betabloqueadores e diuréticos, além de intervenções não medicamentosas, como restrição de sal, controle do peso, exercícios físicos supervisionados e nos casos mais graves o implante de um desfibrilador cardíaco ou transplante cardíaco. O prognóstico da CMD melhorou significativamente nos últimos anos com tratamentos farmacológicos, não farmacológicos e diagnósticos precoces por meio de pesquisas familiares. Assim, o acompanhamento regular com um cardiologista e a adesão ao tratamento são essenciais para o controle da doença e melhora da qualidade de vida do paciente.