RESUMO O presente estudo visa descrever os benefícios da inserção do fisioterapeuta sobre o perfil de prematuros de baixo risco internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Estudo caso-controle, retrospectivo, com consulta aos prontuários de prematuros internados em 2006/2007 sem fisioterapia (PREF) e em 2009/2010 com fisioterapia por até 8h/dia (POSF). Incluíram-se 61 prematuros no período PREF e 93 no POSF, nascidos com ≥1000g, SNAP-PE II <40, com tempo de suporte ventilatório ≥24h. Verificou-se os perfis materno e dos neonatos, tempos de internação, de ventilação mecânica invasiva e não invasiva e de oxigenoterapia. Realizou-se análise descritiva, teste Mann Whitney, teste t, qui-quadrado e Fisher, considerando-se p≤0,05. Houve diferença significativa entre as idades gestacionais [PREF: 230,5 (±16,5)/ POSF: 226 (±15); p=0,05], frequência de sepse [PREF: 6 (10%)/ POSF: 30 (32%); p<0,01], de síndrome do desconforto respiratório [PREF: 11(18%)/ POSF: 43 (46%); p<0,01], necessidade de reanimação na sala de parto [PREF: 10 (16%)/ POSF: 32 (34%); p=0,02], necessidade de intubação orotraqueal [PREF: 8 (13%)/ POSF: 26 (28%); p=0,05], tempo de ventilação não invasiva (PREF: 0,1±0,4 dias/ POSF: 0,8±2,3 dias; p<0,01), de ventilação invasiva (PREF: 0,4±1,3 dias/ POSF: 1,3±3,3 dias; p=0,04), de pressão positiva contínua em vias aéreas (PREF: 1,5±1,0 dias/ POSF: 2,7±3,8 dias; p=0,04). A presença do fisioterapeuta gerou benefícios, contribuindo para a manutenção dos tempos de internação e de oxigenoterapia mesmo diante de um perfil de recém-nascidos mais imaturos e com mais intercorrências no período após a inserção da fisioterapia.