Para se alcançar o sucesso do tratamento reabilitador vários protocolos devem ser obedecidos, sendo a cimentação adesiva um deles. Quando a polimerização do cimento resinoso ocorre de maneira incompleta haverá prejuízo na adesão, nas propriedades da cerâmica, além de resultar numa maior degradação da linha de cimentação. O objetivo desta revisão de literatura é discutir a correlação entre a espessura da restauração cerâmica, o grau de irradiância de luz através da peça e as propriedades físicas da linha de cimentação, auxiliando desta forma, na escolha do cimento resinoso. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, SciELO, Scopus e Web of Science, além da literatura cinzenta, para pesquisa de artigos. Foram identificados um total de 185 artigos e após a leitura dos mesmos e a exclusão de artigos duplicados, foram selecionados 19 artigos que de fato retratam o tema abordado. Na maioria dos estudos foi encontrada uma relação inversamente proporcional entre a espessura da restauração cerâmica e os seguintes parâmetros: translucidez da peça, grau de conversão e microdureza do cimento resinoso. Embora haja algumas controvérsias e limitações dos estudos desta revisão de literatura, pode- se concluir que as propriedades físicas da linha de cimentação são diretamente influenciadas pela espessura, composição e translucidez da peça cerâmica, e todas essas propriedades devem ser levadas em consideração durante a escolha do agente cimentante, sendo a espessura de 1,2mm um limite seguro para utilização dos cimentos resinosos fotopolimerizáveis. Acima desse valor, recomenda-se a utilização de sistemas de dupla polimerização, bem como fotoativação prolongada e multidirecional.