A parestesia é um distúrbio neurossensorial decorrente de lesão nervosa que ocorre após uma intervenção odontológica e leva à perda de sensibilidade prolongada de uma região específica da face, além de outros sintomas, podendo ser resolvida espontaneamente após alguns dias ou meses, mas dependendo da extensão e tipo de lesão nervosa, este dano pode ser permanente. Com o avanço da tecnologia, os lasers vêm se popularizando na Odontologia, juntamente com os avanços em pesquisas. A terapia de fotobiomodulação com laser de baixa potência tem se mostrado como uma opção favorável ao tratamento de distúrbios neurossensoriais e aceleração do processo de reparo tecidual. Foi realizada uma revisão da literatura, a partir de buscas nas bases de dados do PubMed/MEDLINE, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), The Cochrane Library e Scielo, entre os anos de 2010 a 2020. O presente estudo tem como objetivo analisar a eficácia, a utilização terapêutica, e os mecanismos de ação da terapia a laser de baixa potência (LLLT), como também causas e fatores de risco relacionados aos procedimentos mais comuns de injúria nervosa. As recentes pesquisas envolvendo o uso da terapia de fotobiomodulação evidenciam a capacidade do laser em promover aceleração do processo de reparo tecidual, com fenômenos analgésicos, anti-inflamatórios, cicatrizantes e regenerativos. Embora tenha havido grandes descobertas nos últimos anos, a literatura ainda carece de protocolos e ensaios clínicos sobre o uso do laser, verificando e comprovando seus efeitos sobre lesões nervosas, devendo este ser o foco de pesquisas futuras.