RESUMO Um grande número de ligas metálicas apresenta comportamento satisfatório quando usadas na fabricação de implantes para próteses de quadril. Porém, as mesmas devem estar em conformidades com as normatizações, para assegurar sua qualidade por longos períodos e sem perder sua funcionalidade. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo estudar as não conformidades de duas próteses de quadril, sendo uma de titânio e outra de aço inoxidável frente às normatizações. As próteses estudadas passaram por análise de difração de raios-x (DRX), fluorescência de raios-x, ensaio de tração e microscopia óptica (MO). As amostras para o ensaio de tração foram confeccionadas conforme a norma ASTM E 8M, bem como, as amostras do MO passou pelo procedimento metalográfico. Os resultados evidenciaram que algumas composições químicas apresentaram discordância em relação às normas. As análises de DRX mostraram picos de austenita e ausência de ferrita para o aço inoxidável, enquanto a liga de titânio apresenta uma fase alfa (HC) mais significativa que a fase beta (CCC). As ligas de aço inox e titânio apresentam limite de escoamento e resistência à tração que atendem as normas. Por outro lado, o módulo de elasticidade das ligas de titânio e aço inox, chega a ser dez vezes maior do que o módulo do osso humano. Portanto, o alto módulo de elasticidade das ligas, favorece problemas de reabsorção óssea. A microestrutura do aço inox é típica de uma matriz austenítica, enquanto a da liga de titânio apresenta microestruturas α+ β.