Luiz F e rn a n d o F e rre ira ** "A t ali leveis of organization, the outcome of the interplay between two individuais is ãe-term ined not only by their intrinsic endowments but also and even more, by the conditions under which they come into contact".
René Dubos
"Infectious disease is the result of much more than the mere collision of an infectious agent w ith a potencial host".
H . J . Simon I -O ENFOQUE ECOLÓGICO O ser vivo como meio ambienteOs autores modernos têm procurado de finir o fenômeno parasitism o em termos ecológicos, o organismo de um ser vivo sendo um h ab itat, que pode ser utilizado por outro ser vivo. O processo em suas linhas gerais é sem elhante ao que ocorre na adaptação ao meio físico. Dentro dessa linha, Levine ((40) define a parasitologia como: " . . . b ra n d i of ecology in which one organism is the environm ent for ano ther" . A mesma idéia vamos encontrar em Noble e Noble (49): " . . . one m ight consider the parasit in an organ of the host as a ccm m unity. . . the latter being the externai environm ent of the community" ou em Huff e col. (32): "one area oí ecology deals with systems of biotic relations, systems in which one organism lives on or in another in order to obtain sustenance" .No trabalho de Barreto (4) encontra mos: "O corpo de um ser vivo, digamos de um anim al superior, para maior faci lidade de compreensão, oferece nichos po tenciais p ara outros organismos. Eles in vadem aquele, quer à procura de alim en to, quer em busca de abrigo, quer para obter am bas as coisas" .O enfoque ecológico no estudo do p a rasitismo tem m estrado um a enorme ri queza de conseqüências. No seu processo de evolução, os seres vivos se têm adap tado às mais diferentes condições do meio am biente. Assim, como foi possível a pas sagem da vida aquática para terrestre, da mesma m aneira que o homem se tem * T ra b a lh o do L ab o rató rio de P a ra sito lo g ia do I n s t it u t o P re sid e n te C astello B ranco -F u n d a ç ã o I n s ti t u t o O sw aldo C ruz. ** P ro fesso r T itu la r d e P arasito lo g ia.R ecebido p a ra p u b lic a ç ã o em 24.4.1973. Condições como a tem peratura, por exemplo, da mesma m aneira que afeta a distribuição das espécies de vida livre, também interfere em relação às espécies parasitas. A parasitem ia em Rana catesbeiana infectada por Trypanosoma rotatorium é profundam ente influenciada pela tem peratura. Observações antigas, já 'haviam m ostrado a sua im portância na resistência da galinha e da rã, ao tétano e ao carbúnculo. Barrow (5) cham a a atenção para a influência da tem peratura na infecção da salam andra pelo Trypa nosoma diemyctili.Assim como em am bientes em que há carência de alim ento as populações vão apresentar determ inadas alterações, o mes mo vai acontecer com os anim ais p arasitos. K nauft e W arren (35) estudaram o efeito do déficit proteico e calórico no p a rasito e no hospedeiro, em camundongos infectados com S. mansoni. Nas dietas deficitárias, observaram diminuição nas posturas do verme, e assinalam que as grandes deficiências ca...