Neste artigo apresenta-se um estudo de utilização do coeficiente γz para estimar os efeitos globais de 2ª ordem em estruturas de concreto armado. Buscou-se verificar a validade em utilizar tal coeficiente na computação desses efeitos levando em consideração a variação da rigidez da estrutura. Esse parâmetro foi calculado para 11 modelos tridimensionais de edifícios cuja diferença entre eles consistiu na redução das dimensões das seções transversais dos pilares. Para o modelo com os valores de γz próximos ao limite superior imposto pela NBR 6118 (ABNT; 2014) foram determinados os deslocamentos horizontais, os esforços cortantes e os momentos fletores com a utilização dos softwares SALT-UFRJ, para o processo simplificado, e SALT-NLG, para o método rigoroso, e os resultados obtidos foram comparados por meio dos conceitos da Norma Euclidiana. Constatou-se que o processo simplificado, do coeficiente γz, foi satisfatório para o cálculo dos deslocamentos horizontais da estrutura, com valor máximo de 1,11% de diferença entre os métodos, porém no que diz respeito aos esforços de cisalhamento e momentos fletores observou-se diferença considerável entre os valores alcançados, atingindo 12%. Uma vez que o limite de diferença percentual imposto neste trabalho é de 10%, concluiu-se que não é permitido a utilização desse parâmetro na consideração dos efeitos globais de 2ª ordem para o modelo de edifício proposto, mesmo o coeficiente z apresentando valor menor que 1,3.