A dificuldade em encontrar nexos causais entre a fecundidade e a mudança ambiental sempre esteve presente nas pesquisas demográficas. As relações entre tais variáveis são de difícil apreensão e são raras as referências bibliográficas no tema. Neste artigo buscamos sintetizar essa discussão em dois elementos principais: tratamos das influências ambientais sobre o comportamento reprodutivo e da influência da fecundidade sobre o ambiente, enfatizando a discussão pró-natalista e controlista. Nesse sentido apontamos que as principais justificativas ambientais para tais iniciativas acabam obscurecendo as demandas por direitos reprodutivos.