Influência Da Falta De Esgotamento Sanitário Na Disseminação De Zoonoses

Abstract

Mais da metade do esgoto no Brasil não recebe tratamento adequado e apresenta parasitas e agentes infecciosos com potencial patogênico. A ocorrência de zoonoses tem relação com áreas de risco e hábitos higiênicos precários, dois fatores que podem ser influenciados pela ausência de esgotamento adequado, dessa forma, a parcela dos brasileiros sem acesso a esse direito básico, compõe uma de suas populações de riscos. Mosquitos transmissores de zoonoses endêmicas a regiões tropicais, usam a água transportando dejetos para proliferação e disseminação de afecções como dengue, malária, chikungunya, zika e leishmaniose. Alagamentos urbanos contaminados por esgoto também têm potencial para transmissão de leptospirose, salmonelose e E. coli. A falta de estrutura para coleta e tratamento dos dejetos domésticos, comumente está relacionada com o crescimento desordenado e sem planejamento das áreas habitadas pela população de baixa renda, de modo que a incidência de zoonoses é mais comum entre pessoas de menor poder aquisitivo. O presente artigo refere-se a uma pesquisa bibliografica com o propósito de explanar a influência da falta de esgotamento sanitário na disseminação de zoonoses, por meio de um levantamento bibliográfico, utilizando para a coleta de dados plataformas digitais, tais como o Google Scholar, artigos, plataformas do governo como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ministério da Saúde e outras bases referenciadas neste estudo. Os dados levantados apontaram a necessidade do esgotamento sanitário, e que a negligência desse aspecto do saneamento desencadeia enfermidades de caráter zoonótico.