Influência do parasitismo pelo nematoide de galhas nos níveis de nutrientes em folhas e na fenologia de goiabeira 'Paluma'

Abstract

A redução no vigor de goiabeiras parasitadas por Meloidogyne enterolobii é consequência das alterações ocorridas no sistema radicular que desencadeia uma síndrome caracterizada por desequilíbrio nutricional. Para caracterizar esse desequilíbrio, foram efetuadas análises químicas de folhas com três tipos de sintomas visuais (folhas sem sintoma, com sintoma leve e sintoma severo) de goiabeiras 'Paluma', em duas épocas: fevereiro e agosto. As plantas foram cultivadas com e sem inoculação de Meloidogyne enterolobii por dois anos em microparcelas. Os teores de N, P e K decresceram em folhas sem sintomas para folhas com sintoma leve e severo nas análises realizadas nas duas épocas. O Ca teve sua concentração aumentada com o agravamento dos sintomas, em ambas as épocas. Em fevereiro, não houve alteração em Mg, mas em agosto sua concentração foi maior em folhas com sintoma severo do que em folhas com sintoma leve ou sem sintoma. O S teve uma concentração maior em folhas sem sintoma, em fevereiro, e em agosto as folhas com sintoma severo tiveram as maiores concentrações desse nutriente. O teor de B não diferiu quanto à presença ou ausência de sintomas e a épocas de análise. O Cu e o Fe tiveram aumento de concentração em fevereiro em folhas com ausência de sintoma para as folhas com sintoma severo. O teor de Zn reduziu com o aumento dos sintomas visuais nas folhas nas duas épocas de avaliação. A fenologia da goiabeira 'Paluma' não foi influenciada pelo parasitismo de M. enterolobii na primeira florada.

Reaction of potential guava rootstocks to Meloidogyne enterolobii

“…Because of the reduction in the volume of the root system, there was less absorption and transport of water and soil nutrients, which affected the development and growth of plants. Due to this chain of events, visual nutrient deficiency symptoms were observed in the leaves of araçá species susceptible to M. enterolobii, mainly for nitrogen, phosphorus, potassium and magnesium, which are similar to those described in guava trees (Almeida et al, 2011).…”

“…enterolobii is the main limiting factor for guava cultivation and the typical symptoms of the disease are tanning, yellowing, and fall of leaves, leading to plant death (Carneiro et al, 2001). The infected roots present numerous galls, generalized necrosis, and few radicels, which aggravate the symptoms of nutritional deficiency (Almeida et al, 2011). In addition, infection by M. enterolobii in guava is generally associated with soil fungi (Gomes et al, 2013), which interact synergistically resulting in greater damage to crops, as reported for common bean (Phaseolus vulgaris) and passion fruit (Passiflora edulis f. flavicarpa) (Fischer et al, 2010;Al-Hazmi & Al-Nadary, 2015).…”

Genetic associations with resistance to Meloidogyne enterolobii in guava (Psidium sp.) using cross-genera SNPs and comparative genomics to Eucalyptus highlight evolutionary conservation across the Myrtaceae

“…Studies in guava [ 68 ], coffee [ 69 ], peach and almond [ 70 ] have shown that disease status of RKN infected trees is related to symptoms triggered by nutritional imbalances in the concentration of nitrogen, calcium, manganese and magnesium in several tissues in adult plants. Furthermore, because our binary phenotypic data fitted the same epistatic models proposed earlier [ 47 ], we further considered the hypothetical involvement of a second genetic locus interacting with the underlying genes on chromosome 3.…”

Genetic associations with resistance to Meloidogyne enterolobii in guava (Psidium sp.) using cross-genera SNPs and comparative genomics to Eucalyptus highlight evolutionary conservation across the Myrtaceae

“…Studies in guava [64], coffee [65], peach and almond [66] have shown that disease status of RKN infected trees is related to symptoms triggered by nutritional imbalances in the concentration of nitrogen, calcium, manganese and magnesium in several tissues in adult plants. Furthermore, because our binary phenotypic data fitted the same epistatic models proposed earlier [43], we further considered the hypothetical involvement of a second genetic locus interacting with the underlying genes on the chromosome 3.…”