A obesidade em crianças é uma condição de saúde que acarreta sérias repercussões, incluindo a diminuição da estatura, dislipidemia, problemas cardiovasculares e respiratórios, entre outros. Considerando a relevância do acompanhamento nutricional durante a infância para monitorar e identificar precocemente fatores que influenciam o estado nutricional das crianças, este estudo tem como objetivo descrever o estado nutricional de crianças acompanhadas pela atenção primária visando identificar a prevalência da obesidade infantil na região sudeste do Brasil, no ano de 2022. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, ecológico e quantitativo de dados obtidos por meio de relatórios públicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), sendo consideradas as variáveis: fase da vida "criança", idade "0 a < 5 anos", região “sudeste”. Para este estudo considerou-se a avaliação por meio do Índice de Massa Corporal para Idade (IMC/I). Foram avaliadas 1.963.863 crianças menores de cinco anos de idade acompanhadas pelo SISVAN no ano de 2022. Destas, 597.531 crianças possuiam excesso de peso. Observou que São Paulo possui a maior porcentagem de risco de sobrepeso (19,1%), o Rio de Janeiro possui a maior taxa de sobrepeso e obesidade, 7.7% e 6.6%, respectivamente. A razão principal que justifica os casos de excesso de peso entre as crianças, reside no desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de calorias, frequentemente originado por padrões alimentares inadequados, incluindo o consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, associados à falta de atividade física ou ao sedentarismo. Essa situação demanda a implementação de programas efetivos de educação alimentar, incentivo à prática de atividades físicas e campanhas de conscientização em nível nacional.