Este trabalho tem como objetivo, a partir da Teoria dos Sistemas Complexos, refletir sobre as contribuições de James J. Gibson para a Filosofia Ecológica tendo como fundamento sua teoria da informação baseada no conceito de Percepção e Ação, especialmente em suas obras de 1950; 1957; 1963; 1966; 1969; 1979; 1982; 1986; 1991; acerca dessa temática. O teórico descreveu o organismo perceptivo e reativo baseados na hipótese da antirepresentação, cuja informação não provém de pensamento e sim da percepção-ação de affordances. Assegura, ainda que a percepção do mundo físico para o organismo, enquanto perspectiva ecológica seria direta e antirepresentacionista, ou seja, não necessitaria ser mediada pela representação mental (intervenção interna; inferência lógica). Logo, não haveria a necessidade do pensamento sendo, desse modo, de visão externalista, captação da informação de maneira direta, imediata. Como a Filosofia Ecológica não é baseada em experimentos laboratoriais, mas em experiências/ambientes reais, essas informações invariáveis são significativas e se baseiam na percepção diretamente ligada à ação dos seres vivos. Há outra hipótese que trata do conceito de affordances que contribuiu para a compreensão da filosofia ecológica por meio da ressonância, que é a mutualidade entre organismo-meio que formalizam a informação via invariantes mediadas pela luz. Essa pesquisa tem cunho bibliográfico descritivo com abordagem qualitativa e método hipotético-dedutivo, ensejando-se na construção conceitual de Gibson (1973); além de ser resultado da coleta de dados baseada no estudioso mencionado e de outros importantes nomes da Filosofia encontrados ao longo desse artigo. Verificou-se que as teorias apresentadas convergem no sentido de compreender que a informação no estudo do comportamento inteligente é antirepresentacionista e a percepção das affordances ocorre por meio das invariantes informacionais no ambiente.