O objetivo deste artigo é analisar os padrões partidários de recrutamento de titulares para as Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados na legislatura de 1995/1999, a fim de verificar a existência de perfis diferenciados no tocante às trajetórias político-partidárias dos indicados para as mesmas.A hipótese adotada neste trabalho é a de que o sistema de comissões permanentes leva os partidos a recrutar parlamentares que, por sua lealdade política, possam maximizar a execução das metas de seus partidos nas comissões estratégicas. É importante salientar que a perspectiva adotada para o termo lealdade política difere daquela assumida para o termo fidelidade partidária. Este último pode ser visto como um conceito que, de modo geral, é utilizado para mensurar a disciplina partidária, a partir de votações nas quais os votos dos deputados seguem a orientação do líder do partido, atribuindo aos mesmos graus diferenciados 371