RESUMO -A isquemia está freqüentemente relacionada a mecanismos embólicos e esta oclusão arterial mecânica não é sempre seguida de conseqüências isquêmicas severas porque mudanças na circulação brônquica suprem as áreas sem fluxo sangüíneo. No entanto, ocorre o fenômeno de remodelação vascular, também relacionado a níveis elevados de pressão arterial pulmonar, principalmente no tromboembolismo pulmonar crônico. Modelos experimentais têm sido produzidos
INTRODUÇÃOAnastomoses entre as artérias brônquicas e pulmonares ocorrem não somente ao nível dos bronquíolos, mas também além do lóbulo pulmonar, onde a microvasculatura brôn-quica, em geral, conecta-se com a circulação arterial pulmonar através de um leito capilar alveolar 1 . A circulação brônquica responde com alterações estruturais e na distribuição, quando ocorre redução no fluxo pulmonar e isquemia.Podemos definir isquemia como um fenô-meno que ocorre quando a demanda de um determinado tecido por substratos energéticos (oxigênio e glicose) não é correspondida a um adequado suprimento sangüí-neo, usualmente devido a prejuízo da perfusão tecidual. A isquemia, então, poderia ser prevenida ou eliminada, a princípio, pela redução da demanda ou por aumento do suprimento. Os mecanismos específicos e as conseqüências da isquemia diferem em cada tecido ou órgão, refletindo as suas diferenças anatômicas e fisiológicas 2 . No caso dos pulmões, a redução ou ausência de perfusão pode ser produzida pela obstrução da artéria pulmonar ou de seus ramos por partículas variadas ( Apesar do efeito protetor da circulação brônquica, o infarto pulmonar pode ocorrer. Virchow foi o primeiro a notar que a obstrução embólica pulmonar pode levar ao infarto, definido como necrose tecidual, distal ao ponto de obstrução embólica, e também que a embolia pulmonar pode ocorrer sem infarto pulmonar resultante 8,9 . O infarto pulmonar é menos freqüente em casos de oclusão arterial central, nos quais o fluxo da maciça circulação colateral brônquica é facilmente acomodado pelo circuito arterial pulmonar 10,11 . A probabilidade de infarto aumenta quando uma artéria mais distal, de tamanho médio (=3mm), é obstruída e o afluxo circulatório brônquico de alta pressão é acomodado em um pequeno compartimento, com um menor volume intravascular 11 . Esta reperfusão da circulação brônquica associada ao aumento da permeabilidade vascular local, devido à isquemia tecidual e à injúria endotelial capilar, produz o extravasamento intra- . Com esta área, a arquitetura tecidual subjacente é preservada e geralmente reconstituída a um estado normal após a absorção das hemácias 10 .
Tipos de embolia pulmonarComo observado em relação ao infarto pulmonar, o efeito do êmbolo no pulmão pode variar na dependência de fatores como: a extensão da obstrução que ele produz na circulação pulmonar 12 , ao tipo 3 e tamanho 13 da partícula da qual ele é constituído, bem como à duração da obstrução 12,13 . Assim, variando a extensão e a duração da obstrução, bem como o tamanho do êmbolo, a embolia pode ser classificada em aguda, ...