O ingresso na vida militar implica em mudanças de hábitos, incluindo rotinas rigorosas de treinamentos e instruções, expondo-os ao risco de lesões. O presente artigo trata-se de uma revisão narrativa de literatura que teve como objetivo apontar a prevalência de lesões na formação de militares e possíveis medidas preventivas. A partir de pesquisa nas bases de dados eletrônicas: PubMed, SciELO, Periódicos Capes, e Google Scholar utilizando as palavras-chaves (em português e inglês) “lesões musculoesqueléticas em recrutas militares”, “lesões em cadetes”, “lesões em recrutas policiais” e “prevenção de lesões musculoesqueléticas em recrutas” foram selecionadas 77 publicações, das quais 33 tratavam de lesões vinculados às forças armadas, 10 para policiais e bombeiros militares, 7 para recrutas de academias policiais, bem como 27 artigos tratavam do treinamento e tratamento na prevenção de lesões para estas populações. Dos resultados, todas as publicações sobre lesões apontam maior incidência musculoesqueléticas e/ou fraturas por estresse, com prevalência para membros inferiores, sendo joelho e tíbia as regiões mais afetadas. Ainda, algumas publicações indicaram como fatores de risco: excesso de volume carga na iniciação (8), militares menos condicionados (8), com indicativos de lesões prévias/reincidência (4), nos de maior idade (3) e nas mulheres (7). Ações voltadas à um período de adaptação dos militares baseado em treinamento preparatório específico e progressivo, aeróbico/anaeróbico e resistido, incluindo potência, além de minimizar as ações com grande volume de impacto articular nos membros inferiores e condução de cargas nas atividades de habilidades militares durante esta fase inicial de formação podem ser medidas preventivas para esta problemática.