A inovação configura-se como um fenômeno complexo e dinâmico, cuja interface organizacional que se caracteriza pela sua dificuldade de entendimento e, sobretudo de mensuração, reflete na minimização de estudos que intentam compreendê-la. Com vistas à essa perspectiva, este ensaio teórico aborda a problemática sob o contexto do agronegócio, considerando seus fenômenos e stakeholders. Além da relevância socioeconômica desse segmento, tal circunscrição é pautada pela maximização de apelos concernentes a segurança alimentar, avanços tecnológicos na produção de alimentos, criação de novos nichos de mercado e vantagem competitiva sustentável. Assim, embasadas na literatura clássica, no estado da arte e em descobertas empíricas são apresentadas distintas proposições genéricas a partir de constructos teóricos pré-estabelecidos. Dentre estas, tem-se a influência direta e positiva entre aprendizagem organizacional e inovação organizacional e entre orientação para o mercado e inovação organizacional. Também, verificou-se a possibilidade da capacidade absortiva agir como variável mediadora da relação entre inteligência competitiva e inovação organizacional. Sob uma abordagem específica, sugere-se também que as cadeias produtivas agroindustriais consideradas como curtas, tanto requerem quanto promovem a inovação organizacional. Desse modo, são oferecidos insigths acerca dessa tipologia de inovação, precariamente explorada no âmbito agrícola, de modo que se apresentam sugestões para investigações futuras pautadas nestas proposições. Palavras-chave: Atividades agrícolas. Gestão da inovação. Processo de inovação.