A ocorrência de lesões perfurocortantes consistem em uma rotina comum na clínica de equinos. Nos traumas que resultam em feridas abertas, a abordagem terapêutica resulta em tratamentos longos e por segunda intenção até a recuperação e reestabelecimento total da área e tecido afetado. A cicatrização representa um processo dinâmico que inicia imediatamente após o trauma e é composta por quatro fases, sendo elas: inflamação, desbridamento, reparação e maturação do local afetado. Um dos desafios na cicatrização de ferida na espécie equina é a formação de tecido de granulação exuberante, que pode implicar no aumento do período de tratamento, infecções recorrentes, redução da contração da ferida em função do acometimento em locais de maior movimentação e ainda a intensidade do trauma. A fim de tentar minimizar o tempo de tratamento das feridas com cicatrização por segunda intenção, a utilização de técnicas de terapias alternativas como a ozonioterapia, auxiliam nas etapas de desbridamento, desinfecção e reparação da área afetada. Assim, este caso relato o atendimento de um equino da raça Quarto de milha com 18 anos, macho, castrado, aproximadamente 600 kg, com uma lesão em membro pélvico esquerdo em região de casco, cório perióplico, talão e ranilha, com evolução de 8 horas após o trauma. Para o controle da inflamação foi utilizado meloxicam 2% (10mg/kg) por via intramuscular (SID) durante quatro dias. A fim de potencializar o efeito de cicatrização foram utlizadas três técnicas de ozonioterapia ao longo de todo tratamento que durou 90 dias até a cicatrização total da lesão. Portanto, o objetivo desse trabalho é relatar o uso da ozonioterapia em uma ferida em região de casco envolvendo o cório perióplico, talão e ranilha utilizando óleo ozonizado, ozônio em Bagging e auto hemoterapia ozonizada em um equino da raça Quarto de Milha.