Resumo: A coleta, o destino final e o tratamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) são um dos maiores problemas ambientais atualmente enfrentados pela sociedade. A matéria orgânica descartada merece atenção, pois corresponde a mais da metade do total gerado. Como alternativa de tratamento e reciclagem, a compostagem domiciliar pode contribuir para diminuir o volume de RSU descartados pela sociedade. Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada para desenvolver e avaliar um sistema de compostagem doméstica utilizando restos de alimentos gerados no restaurante universitário da Universidade Federal do Ceara para alimentar 36 composteiras, simulando a geração de resíduos de uma unidade familiar de 4 pessoas. Usando recipientes de plástico, quadrados e redondos e uma Bag, o projeto busca analisar a influência da temperatura e da relação C/N durante o processo de decomposição da matéria orgânica. A metodologia utilizada testa 3 tipos diferentes de materiais estruturantes, a poda, a serragem e a grama seca, além de uma composteira controle usando apenas comida. Todas as composteiras atingiram uma relação C/N final em torno dos valores considerados ideais, abaixo de 15:1. Essa pesquisa trouxe resultados coerentes e que inter-relacionam a influência da temperatura e da relação C/N na decomposição da matéria orgânica, indicando a melhor maneira de se conduzir um processo de compostagem doméstica.
Palavras-chave:Compostagem, Doméstica, Relação C/N, Temperatura
INTRODUÇÃO E OBJETIVOSNo Brasil são produzidas cerca de 215 mil toneladas de lixo por dia (ABRELPE e IBGE, 2014). A composição percentual média do lixo doméstico brasileiro varia em torno de 32% para materiais recicláveis, 17% para outros tipos de materiais e mais da metade, cerca de 51%, de matéria orgânica, onde estão enquadrados os restos de alimentos e todo o material sólido de origem orgânica gerados nas residências (IPEA, 2012).O destino dado aos resíduos sólidos urbanos (RSU) e sua coleta é um dos maiores problemas ambientais sofridos pela sociedade atualmente. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2010, a destinação final ambientalmente adequada para os