Institucionalização prolongada, transtornos mentais e violência: uma revisão científica sobre o tema

Abstract

Resumo Trata-se de uma revisão de literatura sobre institucionalização prolongada, transtornos mentais e violência. Uma busca sistematizada foi realizada nos principais bancos de dados e foram analisados trabalhos dos últimos 22 anos. Os resultados foram divididos em dois grupos: “Estudos relacionando fatores ligados à predição/risco de violência e institucionalização” e “Estudos relacionando risco de violência e desassistência/desinstitucionalização”. Verificou-se que a doença mental isoladamente não é fator diretamente associado ao maior risco de violência, que fatores relacionados à própria institucionalização e à assistência com privação de liberdade influenciam a predição de violência. Conclui-se que abordagens humanizadas, multiprofissionais e com equipe treinada, aliadas ao gerenciamento dos reais fatores de risco de violência, contribuirão para uma melhor assistência e menor necessidade de institucionalização.

Matricide, parricide, and filicide: Are major mental disorders or personality disorders involved? Assessment of criminal responsibility in Brazilian cases

“…Various studies have found a chronic pattern of interrupted contact with mental health services, while in others, the violent behavior appears to coincide with the mental disorder's onset, before the offender has made contact with these services [36]. These findings point to the fact that the patients with violent behavior were not in regular psychiatric treatment before manifesting this behavior, which may have contributed to the offense in the three cases presented here as shown in other Brazilian studies [36][37][38].…”

Cessation of dangerousness status in Brasília, Brazil: An analysis of 144 reports from Federal District Medical Examiner's Office in the last 10 years

“…Substance abuse is considered a risk factor for violent behavior and criminal involvement (Elbogen & Johnson, 2009; Oliveira & Valença, 2020). In this research, as well as in the previous ones on EVCP, there was no statistical significance regarding the non‐cessation of dangerousness in individuals with substance use disorders.…”

Hipotireoidismo

“…Os distúrbios da glândula tireoide, como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo, estão relacionados ao aumento ou a redução na atividade dessa glândula, respectivamente (OLIVEIRA; MALDONADO, 2014). Segundo estudo realizado entre 2012 e 2021 através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), o total de internações hospitalares em razão de transtornos de tireoide nesse período foi de 8.774.…”

“…Por consequência de ter uma meia vida mais longa, suas concentrações variam pouco(CHAKER et al, 2022).A função tireoidiana é então mediada pelo TRH, que é produzido no hipotálamo, através do sistema porta hipotálamo-hipofisário em direção à adeno-hipófise, induzindo a síntese e secreção do TSH. Em seguida, ele interage nos receptores presentes na membrana da célula folicular tireoidiana, aumentando a atividade da célula e ativando a secreção hormonal(CHAKER et al, 2022).HIPOTIREOIDISMOO hipotireoidismo é o estado clínico em que ocorre produção hormonal de T3 e T4 de maneira escassa ou nula, podendo ser classificado como congênito ou adquirido (OLIVEIRA;MALDONADO, 2014). Se houver baixa disponibilidade dos hormônios tireoidianos, ocorrerá uma redução de feedback negativo para o eixo hipotálamo-hipófise, culminando com o aumento da secreção de TSH.As manifestações clínicas incluem fadiga e sonolência extrema, lentidão muscular, redução da frequência respiratória, bradicardia, intolerância ao frio, constipação, aumento de peso e, em casos graves, mixedema.…”