A pandemia COVID-19 tem desafiado uma infinidade de atores e de setores a realizar ações coletivas para resolver a dramática crise global de saúde, revivendo um problema recorrente na história da humanidade: a coordenação das ações, ou a falta dela. A ciência não tem exceção: a concorrência desenfreada de países e empresas farmacêuticas para gerar vacinas e tratamentos revela que, longe de ser resolvida, a coordenação da pesquisa continua sendo uma questão válida. Este artigo faz uma revisão crítica das tentativas de coordenação da ciência dos últimos 40 anos, com particular interesse nos países federais, mais propensos à dispersão, duplicação e lacunas. Uma revisão da literatura permitiu uma revisão das políticas e instrumentos de coordenação e culminou com a proposta de estudar as redes de políticas em ciência, em busca de uma análise mais granular dos atores do ecossistema de pesquisa.