Até o ano de 1940, as doenças infecciosas eram uma das principais causas de morte no Brasil. Atualmente, apesar de um grande declínio, a mortalidade ainda é elevada em relação a países desenvolvidos e a outros países da América Latina. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi relatar as alterações fi siológicas em condições específi cas, as consequências na farmacocinética dos antimicrobianos e ainda o impacto do ajuste de dose em tais situações. Realizou-se uma revisão narrativa de artigos publicados sobre a utilização de antimicrobianos nas seguintes situações: doença crítica e sepse, alcoolismo, tabagismo, extremos de idade, obesidade, nutrientes, polimorfismo genético, gravidez e lactação, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática e renal. Observou-se que as alterações fisiológicas em tais situações afetam a farmacocinética dos antimicrobianos, modificando os processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção, os quais dependem muitas vezes da natureza do fármaco, podendo requerer ajuste de dose. Pôde-se concluir que as alterações observadas reduzem a precisão de uma dose terapêutica eficaz, evidenciando, dessa maneira, a importância do ajuste de dose.