Os anti-inflamatórios não esteroidais estão entre os medicamentos mais utilizados sem prescrição médica, assim como, são escolhas clínicas para o controle da dor em pacientes com dor inflamatória, dor aguda (por exemplo, dor de cabeça, dor pós-operatória e fraturas ortopédicas) ou dor crônica. Aumentos no surgimento de problemas renais podem estar relacionados ao uso excessivo desses medicamentos em longo prazo e que pacientes em idade avançada e polimedicados contribuem com o agravamento de doenças renais. Dessa forma objetivou-se investigar as implicações da farmacoterapia com anti-inflamatórios não esteroidais em pacientes com doença renal crônica. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa da literatura. O levantamento resultou em 181 trabalhos sendo 16 selecionados, e demonstraram que os anti-inflamatórios não esteroidais podem afetar a função renal com danos variáveis conforme condições clínicas dos pacientes, como idade, presença de comorbidades e características farmacoterapêuticas como dose, tempo de tratamento e interações medicamentosas. O acompanhamento farmacoterapêutico, avaliações clínicas e monitoramento da função renal são recomendações importantes em pacientes com desordens renais devido ao agravamento e progressão da doença renal crônica para estágios mais avançados. Por fim, os estudos recomendam cautelas e restrições quanto ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais por períodos superior a seis meses, em pacientes idosos, com comorbidades e alterações renais, sugerindo avaliação contínua da função renal, independentemente dos fatores de risco associados. A intervenção farmacêutica é importante na educação dos pacientes, análise de prescrições e interações medicamentosas favorecendo o uso racional de anti-inflamatórios não esteroidais em pacientes com doença renal crônica.