“…Uma estratégia inicial, comum para ambas as empresas, foi a realização de fusões e aquisições, quando avançaram sobre as principais firmas em funcionamento no mercado nacional, trocando basicamente a estrutura patrimonial dos empreendimentos. Após consolidarem o seu controle sobre uma significativa fatia de mercado, passam a efetuar investimentos na ampliação das unidades já existentes e na construção de empreendimentos em novas áreas (Pierri, 2008;Wesz Junior, 2011 Além dessa concentração no esmagamento da soja, Bunge, Cargill, ADM e Dreyfus passaram a investir em outras etapas da cadeia produtiva, como produção e venda de fertilizantes, oferta de financiamento, assessoramento técnico, compra do grão, industrialização, exportação e vendas no mercado doméstico (Pierri, 2006;Souza, 2007;Wesz Junior, 2011 A participação que Bunge, Cargill, ADM e Dreyfus exercem sobre o valor das exportações totais dos dois países cresceu significativamente ao longo dos anos, passando de 7,4% em 2006 para 9,4% em 2011. Tal informação demonstra o elevado poder comercial e econômico que as empresas transnacionais detêm nos países em análise, que não se limita apenas ao campo setorial (complexo soja), pois, como a soja é o principal produto das exportações, essas firmas figuram entre as primeiras exportadoras a nível geral.…”