Objetivo: Descrever as ações desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem nos serviços de atendimento às pessoas vivendo com HIV. Metodologia: Estudo de campo transversal, quantitativo, baseado nas atribuições da equipe de enfermagem no Programa de Atenção ao HIV/aids do Brasil. Foram estudadas 12 cidades nas cinco regiões geográficas brasileiras. Realizou-se a coleta de dados com 54 gestores de unidades de saúde, por meio de questionário estandardizado. As variáveis analisadas foram as atividades e os profissionais responsáveis pela realização das ações de atenção às pessoas vivendo com HIV. Resultados: Das 54 instituições estudadas, 18,5% estão na região norte, 16,7% nordeste, 14,8% centro-oeste, 46,3% sudeste e 3,7% sul. Entre as atividades atribuídas à equipe de enfermagem, os enfermeiros foram mencionados como responsáveis pelas atividades de aconselhamento individual e coletivo (77,9 e 73,4%), oferta de exame anti-HIV (74,5%), consulta de enfermagem (95,1%), primeira consulta ao cliente com HIV (88,5%) e atendimento domiciliar (84,6%). Observou-se que os atendimentos psicológico e social foram apontados como atividade própria dos enfermeiros, apesar de serem da competência de outros profissionais; além de ações exclusivas do enfermeiro sendo atribuídas aos técnicos e auxiliares de enfermagem, como a consulta de enfermagem. Conclusão: A maior parte das ações realizadas nos serviços foi associada ao enfermeiro. Essa associação demonstra o reconhecimento da importância desse profissional pelos gestores, mas também pouca clareza sobre as atribuições da equipe de enfermagem revelando uma fragilidade gerencial das equipes de saúde.