“…O quinto fundamento técnico é a consciência crítica, como propôs Freire orientando/a compreender seu lugar nas relações sociais de poder e buscar alternativas possíveis de mudança de sua situação atual por meio da construção de projetos de vida de trabalho. É importante marcar que não se deve reduzir o realismo ao que existe (Santos, 2009), ou seja, limites e possibilidades existem e precisam ser explicitados e analisados, mas não podem se constituir em fatores limitantes a priori, pois isto seria uma ação antidialógica (Freire, 1974), quando uma pessoa (no nosso caso, o/a orientador/a) tenta analisar o/a outro/a (no (Ribeiro, 2020). E, por último, o sétimo fundamento técnico é justamente a estratégia comunitária, ou seja, a ideia de que uma OPC não deve ficar restrita à relação de orientação e ser expandido para as relações do/a orientando/a com sua comunidade, incluindo, diretamente, pessoas e grupos comunitários, associações de bairro, e movimentos sociais e identitários, por exemplo, através de grupos de discussão sobre questões geradas na OPC realizadas por pessoas da comunidade do/a orientando/a visando assim auxiliar na tomada de decisões e na coconstrução de projetos contextualizados (Rascován, 2017).…”