RESUMOObjetivou-se desvelar as percepções paternas quanto as suas expectativas em relação ao futuro do filho com deficiência mental. A coleta de dados ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas, nos meses de agosto a novembro de 2011. Para tanto, a fenomenologia, sob a perspectiva hermenêutica de Heidegger, foi o referencial teórico escolhido. Mediante o alcance do fenômeno, participaram do estudo doze sujeitos, homens, pais de crianças com deficiência mental. Dos discursos, os temas que emergiram diante do fenômeno investigado foram: 'concebendo o futuro do filho a partir da notícia da deficiência', 'refletindo sobre o futuro no cotidiano', 'percebendo que a criança com deficiência tem seu próprio tempo de desenvolvimento', 'percebendo a dependência do filho' e 'tendo a esperança e a fé como futuro'. O nascimento da criança com deficiência permitiu ao pai uma reflexão diante do fato, ressignificando suas percepções e expectativas quanto ao seu ser-pai. Conclui-se que diante da experiência de ter um filho com deficiência vivenciada pelo pai, ser ouvido é um processo terapêutico, devendo ser uma intervenção proporcionada pelo profissional de saúde. Sugere-se, assim, a capacitação do profissional que presta assistência a essa população, para que seja proporcionado um melhor atendimento aos indivíduos que vivenciam essa experiência.
INTRODUÇÃOA revisão da literatura acerca das expectativas em relação ao nascimento de um filho abrange as várias facetas deste evento relacionadas quase exclusivamente à experiência materna (1)(2)(3)(4)