O uso de técnicas utilizando imagens e dados de sensoriamento remoto para a obtenção de índices de vegetação já é amplamente difundido para aplicações em ecossistemas vegetais, o que auxilia na tomada de decisões. Da mesma forma, o emprego de classificadores de cobertura do uso do solo também está se tornando popular em meio a pesquisas na área de análise de dados ambientais, pois possibilita a identificação espacial de diversos tipos de coberturas de solo, incluindo infraestrutura urbanas e mineração, que posteriormente podem ser relacionadas com emissões de gases na atmosfera. O objetivo deste trabalho foi analisar os padrões de cobertura do solo obtidos por meio do NDVI, e realizar a classificação supervisionada em áreas impactadas por empreendimentos termelétricos e mineração, relacionando-as com as emissões de gases de efeito estufa a partir de dados de sensoriamento remoto. O estudo analisou a aplicação do algoritmo de classificação supervisionada Random Forest, o qual apresentou excelentes resultados estatísticos, com índice Kappa de 0,83. O mapeamento das classes de uso do solo obtido permitiu uma avaliação em termos de ocupação e uso na área de estudo, dados posteriormente comparados com o comportamento do CO2Flux, bem como com as emissões de metano estimadas pelo sensor TROPOMI. Os resultados apontaram relação entre a distribuição de biomassa e carbono com a distribuição de atividades agrícolas e de energia, sendo estas as duas regiões que apresentam valores mais elevados de metano. Em contrapartida, os valores de CO2Flux foram maiores em áreas classificadas como Floresta e Vegetação campestre.