Introdução: Intoxicação por medicamentos representam um importante problema de saúde pública e está associado a altas taxas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação medicamentosa notificados em Maringá no período entre 2017 e 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo e descritivo realizado a partir de dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Agravos e Notificação (SINAN) relativos aos casos de intoxicação exógena por medicamentos notificados no município de Maringá. Resultados: No período analisado foram notificados 3.190 casos de intoxicação por medicamentos. O número de intoxicações foi maior em indivíduos do sexo feminino (71,4%), de raça branca (66%) e com ensino fundamental ou médio completos (65,1%). Os grupos etários mais vulneráveis foram as crianças de 1 e 4 anos (10,3%), os adolescentes de 15 aos 19 anos (17,1%) e adultos de 20 e 39 anos (43,8%). Quanto à circunstância da intoxicação, observou-se que as tentativas de suicídio corresponderam a 73,7% de todos os casos, seguida por uso acidental (14%). A grande maioria, 97% dos 3.190 casos notificados evoluíram para a cura sem sequelas e foram notificados 14 óbitos durante o período estudado (0,2%). Conclusão: A epidemiologia das intoxicações medicamentosas no município de Maringá é consonante com a de outros estudos nacionais de metodologias similares. Considerando a alta prevalência dos eventos toxicológicos com medicamentos no município estudado, destaca-se a importância de ações preventivas e educativas para a população, sobretudo aquelas com maior risco epidemiológico a fim de minimizar os agravos desta natureza.