Investiga a tensão entre a dimensão política e econômica da política externa brasileira, em período marcado pela ascensão das forças progressistas em diferentes países sul-americanos, na primeira década do século XXI. A análise efetua-se ao nível macro, sistêmico, da relação entre Estado e capitalismo, na dimensão regional, entre os projetos políticos de regionalismo e a expansão do capitalismo brasileiro na América do Sul, e ao nível micro, nacional, entre as orientações de política externa das distintas coalizões políticas e o modelo de desenvolvimento dominante. Com esse recorte temporal, o autor propõe uma reflexão sobre as mudanças na América do Sul, e especialmente no Brasil, destacando a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) como expressão das políticas sociais inclusivas e políticas externas autônomas adotadas. A obra inclui ainda um olhar sobre o momento atual, com a perda da arquitetura institucional sul-americana construída em governos anteriores e o refluxo dos investimentos internacionais de empresas brasileiras envolvidas nos processos da Lava Jato, entre outros aspectos.