Resumo Objetivo Identificar a prevalência e os fatores associados à violência ocupacional na equipe de enfermagem. Métodos Trata-se de um estudo transversal realizado com uma amostra de 242 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário da Região Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 2018, por meio de um questionário de caracterização sociodemográfica e ocupacional e o Questionário para Avaliação da Violência no Trabalho Sofrida ou Testemunhada por Trabalhadores de Enfermagem. Os dados foram analisados por estatística descritiva e regressão logística múltipla. Resultados A prevalência de violência física foi de 20,2%; de abuso verbal, 59,1%; e a de assédio sexual foi de 12,8%. Os fatores associados à violência física foram ser testemunha de agressão física ocupacional (p<0,001; ORajustado: 5,757) e relacionamento interpessoal ruim (p=0,043; ORajustado: 2,172); ao abuso verbal, ser testemunha de violência verbal no ambiente de trabalho (p<0,001; ORajustado: 11,699), ser vítima de violência física (p=0,043; ORajustado: 2,336) e falta de reconhecimento profissional (p=0,004; ORajustado: 0,361); e ao assédio sexual, ser testemunha desse tipo de assédio (p=0,030; ORajustado: 3,422), ser vítima de abuso verbal (p=0,031; ORajustado: 3,116), trabalhar no turno noturno (p=0,036; ORajustado: 0,396) e idade mais jovem (p=0,001; ORajustado: 0,924). Conclusão A equipe de enfermagem foi vítima de diferentes tipos de violência no trabalho e associaram-se a ela, principalmente, os fatores ocupacionais, como testemunhar a violência ocupacional.