As florestas tropicais são essenciais para a mitigação das mudanças climáticas, pois armazenam grandes quantidades de carbono na biomassa e na matéria orgânica do solo. Estudos utilizando dados de inventários florestais em modelos de interpolação geoestatística (krigagem) e sensoriamento remoto (imagens ópticas e radar de abertura sintética - SAR) têm revelado precisão satisfatória na estimativa da biomassa e carbono florestal. Frente à importância dessas ferramentas, o presente estudo teve como objetivo apresentar uma revisão que discorre sobre as aplicações das geotecnologias na estimativa de biomassa e carbono florestal. Estimativas mais precisas da biomassa e carbono florestal podem ser alcançadas quando a variabilidade espacial é levada em consideração. Fatores ambientais, como solo, relevo e clima, podem ser usados como preditores da distribuição espacial da biomassa e carbono florestal quando há uma relação entre essas variáveis e os diferentes tipos de vegetação, com o auxílio das geotecnologias. A krigagem, imagens de ópticas e de radar são geotecnologias que vêm auxiliando na modelagem de biomassa e carbono florestal, na construção de mapas de distribuição espacial, que podem ser utilizados como ferramentas para a orientação de políticas públicas, para inventários de emissões e estimativas de balanço de carbono, para determinar se o local atua como fonte ou sumidouro de carbono.