Intervenção Educativa Como Ferramenta De Prevenção À Violência Obstétrica: Uma Revisão Integrativa

Abstract

Objetivou-se identificar o perfil das intervenções educativas voltadas para a prevenção da violência obstétrica presentes na literatura. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas fontes de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Scopus Content Overview, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e PubMed. Foram obtidos 817 artigos, selecionando-se 12 para compor a amostra. Em relação aos estudos incluídos, a maioria eram estudos nacionais (33,3%) e do tipo experimental (66,7%). Evidenciou-se que as intervenções educativas foram direcionadas para as gestantes, parturientes, graduandos, profissionais de saúde e/ou população geral. Estas repercutem no empoderamento das mulheres, favorecendo a autonomia sobre o parto e apropriação dos seus direitos. Também favoreceram a reflexão crítica da realidade, impactando na transformação da prática assistencial. Conclui-se que as intervenções educativas têm potencial para prevenir casos de violência obstétrica por meio da aquisição e fortalecimento da construção do conhecimento.

Contribuição da enfermagem obstétrica para promoção do protagonismo da mulher durante o período gravídico-puerperal

“…Essas intervenções foram sendo realizadas cada vez mais com a justificativa de reduzir o tempo do nascimento e melhorar a praticidade desse processo, ou seja, compreendemos então que a intenção desses profissionais era apenas trazer benefício Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n.1, p.1794-1802, jan./fev., 2024 para si mesmo, tornando o trabalho de parto e parto mais fácil e cômodo. Todavia não se sensibilizaram em relação aos riscos que traziam com essas práticas e procedimentos para a mãe e o bebê, reduzindo a autonomia dessa mulher (Souza et al, 2019).…”