Intervenções de enfermeiros na prevenção de lesão por pressão em uma unidade de terapia intensiva

Abstract

Objetivo: caracterizar a população estudada e descrever as intervenções dos enfermeiros para a prevenção de lesão por pressão em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Método: pesquisa transversal descritiva, com 13 enfermeiros de uma Unidade de Terapia Intensiva, entre agosto e setembro de 2017. Foram utilizados questionário e estatística descritiva. Resultados: predominaram participantes do sexo feminino (84,9%) e a média de idade foi de 29,9 anos. Para prevenção de lesão por pressão, evidenciaram-se os cuidados baseados no conhecimento, no embasamento científico e em protocolos institucionais. Os cuidados apontados com maior frequência compreenderam a avaliação da atividade-mobilidade dos pacientes e o exame físico em sua admissão. Como cuidados preventivos, os enfermeiros prescreveram a manutenção do paciente com pele hidratada, alternância de decúbito, higiene corporal e a utilização de colchão piramidal. Conclusão: os enfermeiros utilizam intervenções significativas na prevenção de lesão por pressão, porém, ainda existem lacunas na assistência prestada.

A Importancia Da Terapia Ocupacional a Vitimas De Trauma Por Escalpelamento Na Região Amazônica

“…Feita pela avaliação/história do paciente por meio da anamnese e exame físico, que contribuem na identificação dos fatores de risco, procurando definir os diagnósticos de enfermagem através do julgamento clínico, planejamento e implementação de intervenções especificas para cada paciente, com sua posterior evolução. Manganelli et al (2019) revelou que as principais ações preventivas realizadas pela equipe de Enfermagem são o exame físico, com a avaliação da atividade motora, mobilidade e de risco, utilizando a Escala de Braden para realização da identificação de paciente propenso a LPP, inspeção diária da pele e ao redor de dispositivos médicos, observando a hidratação, higiene corporal, atentando para pacientes com incontinência urinária e/ou fecal, necessidade de utilização de barreiras para a proteção de proeminências ósseas e superfícies de apoio para o alívio da pressão, uso de colchão piramidal e/ou pneumático, mudança de decúbito quando necessário ou a cada duas horas, registro de reposicionamento, frequência e a posição adotada.…”

“…A partir dessa avaliação, pode-se considerar pacientes com muito alto risco ≤9, alto risco entre 10 e 12, risco moderado 13 e 14 e baixo risco 15 a 18, sendo um instrumento internacional de avaliação preditiva dos fatores de risco para LPP (TAYYIB; COYER; LEWIS. 2015;BYRNE et al, 2016;CALDINI et al, 2017;LIMA-SERRANO et al, 2018;MENDONÇA et al, 2018;RODRIGUEZ-NÚÑES et al, 2019;MANGANELLI et al, 2019;JANSEN, SILVA e MOURA, 2020;SANTOS et al, 2020).…”

“…As dificuldades encontradas no estudo de Mendonça et al (2018), Manganelli et al (2019) e Rodriguez-Núñes, et al (2019 estão relacionadas aos registros e anotações da equipe de Enfermagem acerca das medidas preventivas e avaliações dos pacientes, que mostraram-se insuficientes para atender as especificidades de cada um, impossibilitando uma assistência qualificada. Notou-se uma aleatoriedade na elaboração e não diferenciação de ações segundo a avaliação de risco (Escala de Braden), quando as mesmas deveriam ser aplicadas de forma criteriosa e incluir os fatores de risco existentes e potenciais para a LPP.…”

“…No entanto, as limitações não dependem exclusivamente da equipe de Enfermagem, sendo necessária uma gestão de qualidade, participativa e informada das necessidades da unidade, para o fornecimento de recursos materiais adequados, do dimensionamento de pessoal e da educação continuada dos profissionais, objetivando eliminação, redução e controle de riscos com uma prestação assistencial segura A implementação dessas intervenções conforme citado no tópico anterior são fundamentais para se alcançar os resultados esperados, sendo feitas da forma correta, aprazadas e registradas. Observou-se que a avaliação de enfermagem, uma etapa deliberada, sistemática e contínua, envolve a participação de todos da equipe, contribuindo na melhora da comunicação e agilidade no processo de trabalho conforme objetiva o PE (MANGANELLI et al, 2019). Caldini et al (2017) constatou em seu estudo que os resultados e intervenções de enfermagem carecem ser direcionados aos fatores de risco observáveis para o desenvolvimento de LPP, com objetivo de diminuir possíveis eventos adversos e eliminar a cadeia de risco durante a permanência na UTI.…”

“…TAYYIB; COVER; LEWIS, 2015;MANGANELLI et al, 2019;JANSEN;MOURA, 2020).Nos estudos de Tayyib, Coyer e Lewis (2015),Lima et al (2018), Ylmazer e Bulut (2019),Manganelli et al (2019),Babamohamadia et al (2019) Rodriguez-Núñes et al (2019),Jansen, Silva, Moura (2020) eSantos et al (2020) concluem que há necessidade de intervenções educacionais para o treinamento extenso da equipe como: educação continuada, capacitação para todos os níveis de profissionalização desde a graduação aos vários níveis de especialidades, atualização de protocolos de prevenção e implementação de novas tecnologias disponíveis no mercado.Para que não haja distanciamento e pouco interesse da equipe pelo tema prevenção, as atividades precisam ser repetidas em intervalos de tempo regulares, pois Ylmazer e Bulut (2019) comprovaram que antes da implementação de um algoritmo de prevenção de LPP, o conhecimento dos enfermeiros no pré-treinamento era significativamente mais baixo do que as pontuações do pós-treinamento, e que após três meses verificou-se uma diminuição de 20% nos escores de conhecimento. Salientando a relevância de uma boa gestão e acompanhamento integral pelo Núcleo de Educação Permanente do hospital na realização dessas atividades, proporcionando melhoria na qualidade da assistência(MENDONÇA, et al, 2018).Os estudos de Byrne et al (2016), Mendonça et al (2018), Babamohamadi et al (2019) e Santos et al (2020) foram desenvolvidos em colaboração com enfermeiros e médicos, e enfermeiros e fisioterapeutas.…”