Introdução: A terapia indireta é uma abordagem de intervenção terapêutica na qual se realizam orientações familiares e um treinamento dos cuidadores para que o entendimento da mesma seja ampliado. Este tipo de intervenção é relevante porque são os familiares as pessoas mais próximas das crianças, e, por meio das orientações, aprimoram o elo e a interação para o amadurecimento da comunicação funcional da criança. Objetivo: Analisar achados acerca dos benefícios da orientação familiar nas dificuldades comunicativas de crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo. Estratégia de pesquisa: Levantamento na literatura publicada nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Foram incluídos artigos originais publicados na íntegra no período de janeiro de 1999 a novembro de 2019, com grau de recomendação A, B e C e níveis de evidência 1, 2, 3 4, segundo o Oxford Centre. Resultados: Foram encontrados 934 artigos, 55 excluídos por duplicata e 31 foram selecionados para leitura na íntegra. Destes, 15 foram considerados para análise do estudo. Discussão: A terapia indireta, por meio da orientação familiar, no processo de reabilitação de crianças no espectro aponta que o trabalho de promoção do desenvolvimento das habilidades comunicativas de crianças com TEA promove ganhos na comunicação. Também, mostram que uma intervenção indireta aumenta a capacidade de reflexão e autocrítica dos cuidadores. Conclusão: O processo terapêutico indireto de crianças com diagnóstico de TEA, fornece mudanças positivas no processo de desenvolvimento de linguagem dessas crianças e existe uma relação direta e positiva entre orientação familiar e dificuldade comunicativa dessas crianças.