Desenvolver uma revisão integrativa acerca da infecção orbital por corpo estranho penetrante, através da análise do sexo e idade mais prevalente, etiologia, sinais e sintomas, abordagem cirúrgica e sequelas. Além disso, relatar um caso de infecção orbitária por um corpo estranho penetrante com severa limitação de abertura bucal. Consiste em duas etapas, na primeira, dois autores procuraram independentemente artigos sobre infecção orbital por corpo estranho penetrante nas bases de dados “MEDLINE/PubMed”, “Scielo” e “Scopus’’, utilizando descritores combinados com os operadores booleanos. A segunda etapa consiste em um relato de caso de celulite orbitária após penetração de corpo estranho (“pedaço” de madeira) em assoalho de órbita. Essa lesão se mostrou mais comum no sexo masculino (75%), com idade média de 41,7 anos, decorrente do acidente de trabalho (33,3), evoluindo com sinais e sintomas de lesão cutânea, dor, oftalmoplegia, baixa acuidade visual e abscesso. Sendo a abordagem cirúrgica mais usada a orbitotomia (41,7%), com os pacientes sem sequelas pós-cirúrgicas (50%). A condução do caso deve ser por uma equipe multidisciplinar, com abordagem imediata, evitando assim disseminação da infecção para região intracraniana. Concluiu-se também que o risco de infecção está diretamente relacionado a natureza do material do corpo estranho.