Introcomp: Reflexões de uma Década de Desafios e Conquistas no Ensino de Programação para a Rede Pública de Ensino

Abstract

Este artigo compartilha a trajetória do projeto de extensão universitária Introcomp ao longo dos seus quase 10 anos e apresenta a estratégia que passou a ser adotada na edição do ano de 2020, pela primeira vez, integralmente a distância. Nesse sentido, fazemos uma reflexão sobre a nossa experiência na aplicação de diferentes abordagens para facilitar a aprendizagem de programação para o nosso público-alvo no decorrer desses anos – passando da linguagem C para Python, de aulas tradicionais a aulas totalmente interativas. Com isso, mostramos como as lições aprendidas têm nos ajudado a repensar o uso de metodologias, tecnologias e plataformas digitais no ensino de programação para jovens do ensino médio em tempos de pandemia. A contribuição deste trabalho traz um avanço para o estado da arte e tem o potencial de ampliar o entendimento da comunidade sobre intervenções de educação em computação direcionadas principalmente ao público jovem.

Curricularização da Extensão Universitária em Cursos de Computação: experiências e possibilidades

“…Entre as publicações do EduComp, com uma edição em 2021 e outra em 2022, os relatos de ações de extensão são ainda mais escassos [24,25]. Nenhum, contudo, aborda explicitamente a curricularização da extensão.…”

“…Quanto às diretrizes da extensão universitária [6], pode-se perceber que a maioria dos relatos não as colocam em perspectiva de forma explícita. Ainda assim, entre os cursos e oficinas, é possível observar alguma aproximação com a diretriz de interação dialógica pela referência à aproximação da Universidade à comunidade [21] ou metodologia que explicita a interação entre as partes interessadas [19,25], a menção ao envolvimento de diferentes profissionais [22], abordagem metodológica com base na indissociabilidade ensino-pesquisaextensão [9,22], a clara preocupação com a formação dos estudantes de graduação envolvidos [9,14,[21][22][23] e, finalmente, a menção ao impacto e transformação social, como o empoderamento de meninas da educação básica [14,24].…”